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2012 - Livro Vermelho 2013

Borreria remota (Lam.) Bacigalupo & E.L.Cabral LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-03-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie recentemente descrita, distribuição ampla pelos Cerrados e na Mata Atlântica, não endêmica do Brasil. Há ocorrência para o Acre. Portanto, a distribuição conhecida ainda está em evolução. Espécie arbustiva, floresce e frutifica quase o ano todo e vive entre dois e cinco anos e aparentemente dependente de habitat florestal para sombreamento. Encontrada em unidades de conservação. Dependente de pesquisa e medidas de conservação em diferentes estados do Brasil.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Borreria remota (Lam.) Bacigalupo & E.L.Cabral;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Spermacoce remota ;
  • > Spermacoce assurgens ;
  • > Borreria capitellata ;
  • > Borreria assurgens ;
  • > Borreria herbert-smithii ;
  • > Borreria kappleriana ;
  • > Borreria laevis var. edentata ;
  • > Borreria linifolia ;
  • > Borreria trichantha ;
  • > Borreria vaginata ;
  • > Borreria wydleriana ;
  • > Spermacoce capitellata ;
  • > Spermacoce chapmanii ;
  • > Spermacoce dichotoma ;
  • > Spermacoce echioides ;
  • > Spermacoce guianensis ;
  • > Spermacoce hebecarpa ;
  • > Spermacoce hondurensis ;
  • > Spermacoce parviflora ;
  • > Spermacoce sexangularis ;
  • > Spermacoce suffrutescens ;
  • > Spermacoce suffruticosa ;
  • > Spermacoce tetragona ;
  • > Spermacoce trichantha ;
  • > Spermacoce vaginata ;
  • > Spermacoce wydleriana ;
  • > Tessiera pubescens ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Darwiniana 37(3-4): 334. 1999.

Distribuição

Espécie americana de ampla distribuição, ocorrendo no sul dos Estados Unidos, Antilhas, América Central e América do Sul até a Bolívia. No Brasil ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Acre, Ceará e Mato Grosso; a cerca de 1800m de altitude (Cabral; Salas, 2012; Cabral; Bacigalupo, 1999; CNCFlora, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por subarbustos rizomatosos, podendo atingir de 0,3-0,5 (-1)m de altura; floresce e frutifica quase o ano todo (Cabral; Bacigalupo, 1999); pode apresentar o hábito herbáceo (Cabral, 2012).

Ameaças

1.1 Agriculture
Detalhes A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seusremanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Aindaque restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maioresbiodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorreporque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies devalor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, seja, entreoutros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática detransformar floresta em área agrícola (Simões; Lino,2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual Intervales e Parque Estadual Carlos Botelho, no estado de São Paulo (CNCFlora, 2011).

Referências

- CABRAL, E.L.; MIGUEL, L.M.; SALAS, R.M. Dos especies nuevas de Borreria (Rubiaceae), sinopsis y clave de las especies para Bahia, Brasil., Acta Botanica Brasilica, v.25, p.255-276, 2011.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.

- CABRAL, E.; SALAS, R. Borreria remota in Borreria (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB020707>.

- CABRAL, E.L.; BACIGALUPO, N.M. Estudio de las especies americanas de Borreria series Laeves (Rubiaceae, Spermacoceae)., Darwiniana, v.37, n.3-4, p.259-277, 1999.

- BACIGALUPO, N.M.; CABRAL, E.L. Sobre la identidad de dos especies de Lamarck, Spermacoce Laevis y S. remota (Rubiaceae, Spermacoceae). Darwiniana, v. 37, n. 3-4, p. 333-334, 1999.

Como citar

CNCFlora. Borreria remota in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Borreria remota>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 19/03/2012 - 19:40:44